Macaco-Aranha: conheça a espécie que anda como gente e viralizou em vídeo no Pará
Macaco Aranha é visto passeando pela Flona do Tapajós, em Belterra As imagens de um macaco-aranha passeando pelas praias da Flona do Tapajós e interagindo co...

Macaco Aranha é visto passeando pela Flona do Tapajós, em Belterra As imagens de um macaco-aranha passeando pelas praias da Flona do Tapajós e interagindo com visitantes continuam dando o que falar na web. O fato inusitado aconteceu em Belterra, no oeste do Pará, e foi publicado nas redes sociais no sábado (30). O g1 falou com um especialista que contou curiosidades sobre essa espécie. Segundo o biólogo Sidcley Matos, é comum encontrar a espécie na região Norte do Brasil, em especial, nos estados do Pará e Tocantins. O macaco-aranha também pode ser encontrada no estado do Mato Grosso. “É um animal endêmico da Amazônia Brasileira, principalmente, na região do Tapajós. O nome dele, científico, se chama Ateles marginatus. É um animal extremamente em perigo, pela lista vermelha de animais ameaçados”, contou Sidcley. A lista à qual Sidcley se refere é a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). O macaco-aranha está em perigo, principalmente, por conta da ação humana: queimadas, desmatamento, fragmentação da floresta e caça, segundo o biólogo. “É um animal muito dependente da floresta, se locomove muito rápido. Animal ameaçado, porque tem comunidades que matam para comer ou então pelo desmatamento. Como eu falei, ele depende das florestas primárias e florestas altas, tanto para se alimentar quanto para o seu hábito natural. Ele não gosta muito de áreas abertas, esse aqui é o ambiente natural dele. Então, o desmatamento, a fragmentação da floresta é o que acaba prejudicando a espécie, a caça, a agricultura desenfreada, isso aí, tudo pode pôr mais ele em risco de extinção”, disse Sidcley. Outro peculiaridade sobre a espécie é a utilização da cauda como quinto membro, mas também pode caminhar sobre as duas patas, como um humano. “Quando estão no solo os primatas podem andar em duas patas sim, sem problema nenhum. Mas como é um animal grande e apesar de a estrutura dele ser de um animal magro, mas é um animal bonito, e consegue se locomover dessa forma”, destacou o biólogo. Sobre um pedaço de corda visualizado no pescado do macaco-aranha, o biólogo comentou que não é possível afirmar que se trata de um instrumento de monitoramento animal. “Agora, o que a gente achou estranho foi esse pedaço de fio de corda no pescoço dele, que não parece ser um instrumento de marcação GPS. Não dá pra gente afirmar que é ou não é. Cordões de identificação são feitos como uma cinta que não machuca o animal, mas também não é um fiozinho como aquele". Para Sidcley Matos, o comportamento de ir até às pessoas, sugere que o animal tem contato com um grupo de humanos, e que a corda em volta do pescoço seja usada para prendê-lo em alguma residência. "Ele não é um animal agressivo, mesmo na natureza ele não é um animal agressivo. Defende a área deles ou, então, se afasta das pessoas. Não gosta muito de contato com as pessoas, quando ele enxerga as pessoas que estão no grupo deles, eles se afastam e vão embora”, completou o biólogo. Registro na Flona O registro do macaco-aranha caminhando na praia foi feito em uma das últimas comunidades da Flona do Tapajós no limite entre os municípios de Belterra e Aveiro. As imagens repercutiram nas redes sociais depois que Weverton Allan compartilhou em sua página. O jovem trabalha com passeios turísticos pelas praias de Santarém, Belterra, Flona do Tapajós e região do Arapiuns. Nas imagens é possível ver que o macaco-aranha além de caminhar pela praia, faz a interação com ocupantes de uma lancha. Outro questionamento levantado pelos internautas foi o fato de o animal estar usando uma corda no pescoço, como uma espécie de coleira. SAIBA MAIS: Macaco-Aranha é flagrado passeando na praia e interagindo com visitantes em embarcação na Flona do Tapajós VÍDEOS: mais vistos do g1 Santarém e Região