Justiça Federal condena ex-prefeito de Vitória do Xingu, no Pará, por desvios da educação e saúde
Veja os vídeos que estão em alta no g1 A Justiça Federal condenou o ex-prefeito de Vitória do Xingu, no sudoeste do Pará, Liberalino Ribeiro de Almeida Net...

Veja os vídeos que estão em alta no g1 A Justiça Federal condenou o ex-prefeito de Vitória do Xingu, no sudoeste do Pará, Liberalino Ribeiro de Almeida Neto, servidores públicos, empresários e empresas por atos de improbidade administrativa. Ainda cabe recurso da decisão. A condenação foi pedida pelo Ministério Público Federal (MPF) em uma ação que apontou um esquema de fraude em licitações e desvio de recursos públicos federais da saúde e da educação. As investigações do MPF, Polícia Federal (PF) e Controladoria-Geral da União (CGU) detalharam irregularidades em dois contratos principais, ambos de 2010: um para a construção de uma creche com verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), e um para a aquisição de medicamentos. O g1 tentava contato com a defesa dos condenados, mas não havia retorno até a última atualização da reportagem. Segundo o MPF, o esquema era liderado pelo então prefeito e envolvia o direcionamento de licitações para empresas ligadas ao grupo político, ausência de publicidade dos certames para restringir a competição, sobrepreço e pagamento por serviços não executados. As ilegalidades envolviam, segundo a ação, a constituição de empresas de "fachada" ou de "laranjas" para vencer licitações forjadas. Fraudes No caso da construção da creche, as investigações apuraram que a empresa vencedora, Construtora Colina, era uma empresa de fachada constituída dois meses antes da licitação e sediada em uma propriedade da família do prefeito. Foi constatado um pagamento indevido de R$ 493 mil por serviços que não foram efetivamente executados. Na compra de medicamentos, a empresa Natal de Almeida Costa foi a única vencedora de todos os lotes, em um contrato superior a R$ 5 milhões. A investigação revelou um sobrepreço médio de 53% nos itens adquiridos, com variações que chegaram a 1.372% acima dos valores de mercado. Condenações Oito réus, entre pessoas físicas e jurídicas, foram condenados. As penas variam conforme a participação no esquema: Liberalino Ribeiro de Almeida Neto (ex-prefeito), Roseli Aparecida de Almeida Braga (ex-secretária de Saúde), Carlos Alberto da Gama de Almeida (ex-presidente da comissão de licitação da prefeitura): perda da função pública (se ainda a exercer), suspensão dos direitos políticos por oito anos, multa civil equivalente ao valor do dano e proibição de contratar com o poder público por dez anos. Foi determinada, ainda, a perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio do réu Carlos Alberto Almeida. Responsável técnica da obra da creche: suspensão dos direitos políticos por quatro anos, multa civil equivalente ao valor do dano e proibição de contratar com o poder público por cinco anos. Empresas Natal de Almeida Costa & Cia Ltda e Construtora Colina Ltda: perda dos bens acrescidos ilicitamente ao patrimônio, multa civil equivalente ao valor do dano e proibição de contratar com o poder público por dez anos. Proprietários da Natal de Almeida Costa & Cia Ltda e Construtora Colina Ltda: multa civil equivalente ao valor do dano e proibição de contratar com o poder público por dez anos. Ao proprietário da Natal de Almeida Costa também foi determinada a perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio e ao proprietário da Construtora Colina a perda da função pública (se ainda a exercer) e a suspensão dos direitos políticos por oito anos. VÍDEOS: veja todas as notícias do Pará Leia as últimas notícias do estado no g1 Pará